As certezas apresentadas por nosso grupo são:
- A maioria das crianças busca formas de brincar
- A brincadeira é uma atividade prazerosa
- Através
das brincadeiras, a criança consegue fazer representações do mundo
adulto, assim como experimentar situações e papéis variados
- As crianças aprendem brincando.
E para corroborar com nossas afirmações, apresentamos primeiramente um video de Tãnia Fortuna que
trata da importância do brincar para criança, dos benefícios que o
brincar traz a vida não apenas das crianças, mas as pessoas em geral,
além de trazer informações sobre a psicologia do brincar e o
desenvolvimento infantil através da experimentação, da troca de papéis,
da socialização e da construção das regras de grupo e de moral e uma
apresentação em ppt. que explica melhor este processo.
Os jogos infantis, no dizer de Piaget (1994), constituem-se admiráveis instituições sociais” e através deles as crianças vão desenvolvendo a noção de autonomia e de reciprocidade, de ordem e de ritmo.
Na
tentativa de elucidar as dúvidas evantadas, apresentamosl alguns textos
e artigos que trazem elementos de nossa PA como foco de pesquisa.
Iniciando com a pergunta : Brincar é uma atividade nata na criança ou socialmente adquirida?
RESUMO:
ALÉM DE SER UMA NECESSIDADE PARA A CRIANÇA, BRINCAR É UM DIREITO ASSEGURADO POR LEI.
ATRAVÉS DO
BRINCAR A CRIANÇA DESENVOLVE-SE E FORMA SEU CARÁTER. BRINCANDO ELA VAI
VIVENCIANDO SITUAÇÕES POSITIVAS, DE SATISFAÇÃO, E NEGATIVAS, DE
FRUSTRAÇÃO. DESSA FORMA VAI APRENDENDO A CONVIVER SOCIALMENTE. MAS
TAMBÉM AUMENTA SEU CONHECIMENTO E VIVENCIA UMA APRENDIZAGEM.
APRENDE-SE BRINCANDO E BRINCA-SE PARA APRENDER. É UMA ATIVIDADE SOCIALMENTE ADQUIRIDA.
Para qual encontramos o seguinte texto:
"O
brincar é um direito assegurado na Constituição Federal do Brasil. Ë
uma necessidade para as crianças, pois é fundamental para o seu
desenvolvimento psicomotor, afetivo e cognitivo, sendo uma ferramenta
para a construção do seu caráter.
O
fator afetivo inclui os relacionamentos intra e inter pessoais; ao
brincar a criança vai experimentar diversas situações, positivas (quando
vence uma brincadeira, alcança um objetivo, entra em acordo com os
colegas, etc.) e negativas (perde alguma atividade, não consegue
realizar o esperado, entra em conflitos com os colegas, etc.) e é
através destas situações que a criança aprenderá a conviver com os
outros.
Por
fim, o aspecto cognitivo se refere ao desenvolvimento do intelecto
durante as atividades lúdicas. As crianças aprendem brincando, aumentam
seu conhecimento através dos parceiros e podem vivenciar a
aprendizagem."
Nos vários textos consultados, encontramos uma proximidade muito grande entre:
- Em que sentido o brincar favorece a criança?
-
Que tipos de sentimentos estão envolvidos no brincar?
- As escolas oferecem o espaço necessário ao brincar?
Até
aqui, já reunimos elementos que comprovam a importância do brincar, mas
agora aporesentaremos alguns textos que tratam desta atividade infantil
e sua forte relação com o desenvolvimento psicológico na idade infantil
e sua preparação para a vida adulta.
O texto : Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil , apresenta o estudo do brincar a partir dos conceitos desenvolvidos por Lev S.
Vygotsky, percorrendo suas principais contribuições sobre o tema,
concluindo que através dos brinquedos a criança aperfeiçoa uma
infinidade de estímulos vitais para sua formação, entre as quais a
coordenação motora, criatividade, raciocínio, identidade, autonomia,
comunicação, sociabilização (conviver em sociedade), sensação de
liberdade e poder, entre muitos outros benefícios, os brinquedos
preparam a criança para o mundo adulto e futuras atividades de trabalho.
Por ter tal relevância principalmente com as questões de aprendizagem, o
texto traz a necessidades de que o brincar não seja excluido das
atividades escolares.
Dessa forma, é imprescindível a utilização de brincadeiras no meio pedagógico. Como coloca Ferreira, Misse e Bonadio (2004), o brincar deve ser um dos eixos da organização escolar: a sala de aula fica mais enriquecida de desenvolvimento motor, intelectual e criativo da criança.
Já
há mais de 300 anos, Comênico considerado o pai da Didática, em sua
obra Didática Magna, recomendava, entre outros elementos, que as aulas
não fossem sobrecarregadas de informações e que deveriam ser alternadas
com conversas e brincadeiras. Portanto, é essencial que seja dado tempo
para o brincar, conversar, descontrair durante as aulas e não só fora da
sala de aula. Muitas vezes ouvimos a fala de um professor dizendo que
"sala de aula é lugar de aprender e não de brincar." Segundo Comênio,
também é de brincar sim.
"Se examinarmos detalhadamente as práticas pedagógicas predominantes na
atualidade constataremos a inexistência absoluta de brinquedos e momentos para brincar na escola. Os pátios, áridos, resumem o último baluarte da atividade lúdica na escola, ainda que desprovidos de brinquedos atraentes, ou mesmo sem brinquedo algum, sob o pretexto de "proteger os alunos" ou alegando que "estragam". Nos raros momentos em que são propostos, são separados rigidamente das atividades escolares, como o "canto" dos brinquedos ou o "dia do brinquedo" - e, assim mesmo, apenas nas escolas infantis, pois nas classes de ensino fundamental estas alternativas são abominadas, já que os alunos estão ali para "aprender, não para brincar". O brincar, literalmente acantonado, deste modo não contamina as demais tarefas escolares, sendo mantido sob controle. Só se brinca na escola
se sobrar tempo ou na hora do recreio, sendo que estes momentos correm,
permanentemente, o risco de serem suprimidos, seja por má conduta, seja por não ter feito o tema ou ainda por não ter dado tempo. Às vezes, a supressão do recreio se estende à hora da merenda, e mesmo que esta não seja, a priori, uma atividade lúdica, representa um momento prazeroso diferenciado das tarefas tipicamente escolares, onde um rasgo de espontaneidade é possível."
Trazendo
a discussão, o lugar ocupado pelo brincar nas atividades escolares. Sua
restriçãoo na maioria dos casos ao horário do recreio e que esta
estressante realidade infantil não se deve apenas as formas de
organização do currículo ou os compromissos impostos por ele, mas
principalmente pelo despreparo e preconceito dos educadores, que
consideram o brincar como uma atividade de mera diversão e que devem ser
deixadas para as horas livres, já que sala de aula é lugar de
“APRENDER”.
Por
outro lado, o tema exige conhecer a versão da criança-aluna, sobre
estes espaços e tempos do brincar que lhe são impostos, principalmente
quando a criança, como num passe de mágica, muda de sala, de realidade e
de possibilidades, no momento que é "PROMOVIDA" da educação infantil
para o ensino fundamental e passa a ter direito apenas de dividir e
disputar seu espaço em um pátio na maioria das vezes muito pequeno,
cheio de crianças e regras e vazio de alternativas para brincar.Para
avaliar tal questão, trouxemos: "O Pátio escolar de ensino fundamental como ambiente de brincar segundo as crianças usuárias." Uma pesquisa que busca justamente avaliar este espaço e tempo também sob a ótica infantil.
Buscamos
então estudos que trazem um olhar diferenciado não apenas sobre a
importância do brincar para as crianças, mas que mostram a utilização
dos jogos e preocupam-se em destacar elementos que explicam o porque do
brincar na sala de aula,fazendo as relações antes já abordadas sobre o
brincar e sua relação direta com competências e habilidades que se busca
desenvolver em sala de aula, assim como revela as possibilidades
contrárias, ajudando a elucidar mais uma de nossas dúvidas iniciais:
Existem crianças que não brincam? E se existem, isso pode configurar uma doença?
“Pois
é pelo jogo e pelo brinquedo que crescem a alma e a inteligência. É
pela tranqüilidade do silêncio – pelos quais os pais às vezes se alegram
erroneamente – que se anunciam freqüentemente no bebê as graves
deficiências mentais. Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de
velho, será um adulto que não saberá pensar”.
( Chateau,1908 ).
fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário